Leonardo Torres


Mesmo com queda da Popularidade, Dilma continua favorita

17-07-2013 09:33

Mesmo com queda da Popularidade, Dilma continua favorita

 

Pode até ser que o gigante tenha voltado a dormir, mas as sequelas das manifestações que aconteceram no Brasil em junho permanecem, pelo menos para Dilma Rousseff (PT). A 114ª pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira (16), aponta a segunda queda consecutiva na popularidade da presidente da República. Na pesquisa anterior, realizada no mês passado, a avaliação positiva da sua administração era de 54,2% (em agosto de 2012, era de 56,6%) e a negativa era de 9% (em agosto de 2012, era de 7%). Hoje 31,3% consideram o seu governo positivo e 29,5%, negativo.

Em relação ao desempenho pessoal, o cenário é também desfavorável para a presidente. Na pesquisa anterior, ela tinha 73,75% de aprovação. Hoje caiu para 49,3%. Em termos de desaprovação, subiu de 20,4% para 47,3%. Há, portanto, uma proximidade muito grande de aprovação e desaprovação hoje em torno da figura pessoal de Dilma Rousseff.

Menor aprovação é igual a queda também nas intenções de votos. Apesar disso, Dilma continua liderando no cenário mais provável: na modalidade espontânea, tem 33,4%, seguida de Marina Silva, com 20,7%, Aécio Neves, 15,2% e Eduardo Campos, com 7,4%. Brancos e nulos somam 17,9% e não sabem e não responderam 5,4%.

A intenção de voto para presidente da República no próximo ano, de forma espontânea, isto é, sem oferecer opções para os entrevistados, apresentou a Dilma Rousseff com a maior porcentagem dos votos, 14,8%. Em seguida, estão Lula, com 10,5%, Marina Silva, 5,9%, Aécio Neves, 4,9%, Eduardo Campos, 1,4%, José Serra, 1,2%. No entanto, surge Joaquim Barbosa, com 0,7% das respostas dos entrevistados.

Como se pode ver, a principal beneficiada com a queda de Dilma foi a ex-senadora Marina Silva. É uma candidata orgânica, que foge da polarização PTXPSDB (embora por muitos anos tenha sido petista) e do que podemos chamar de políticos tradicionais. Sua dificuldade está justamente no fato de não ter uma estrutura partidária consolidada, mas, depois das mudanças provocadas pelos últimos movimentos, não podemos descartar sua candidatura.

O cenário que se desenha hoje é de um segundo turno em que Dilma provavelmente vai estar (ainda é a líder, tem o governo nas mãos) e uma disputa pela segunda vaga entre Marina, Aécio e Eduardo Campos (caso a sua candidatura se concretize)

Não dá para dizer que os estragos na popularidade de Dilma serão permanentes e um bom parâmetro de comparação é o escândalo do Mensalão de 2005, que muitos acreditavam que derrubaria o Presidente Lula, mas ele foi reeleito (apesar do segundo turno), no ano seguinte. Não é garantia que o fato vai se repetir, mas mostra que algo muito mais grave foi revertido... 

 

Faço então aqui uma afirmação que pode soar estranha para muitos: mas, na minha concepção, apesar da queda da popularidade, Dilma continua favorita para 2014.

 

Abraços,

 

Leonardo Torres

—————

Voltar